Ruinologias: Ensaios sobre destroços do presente

Crítica, Literatura, Livros, Release

É com satisfação que se anuncia o lançamento do livro:

“Ruinologias: Ensaios sobre destroços do presente”. Org. Ana Luiza Andrade, Rodrigo Lopes de Barros e Carlos Eduardo Schmidt Capela. Florianópolis: EdUFSC, 2016, 422p.

Aqui o texto da quarta capa e o sumário do livro:

Link para compra:
http://www.livroselivros.com.br/catalogo/produto/215376/RUINOLOGIAS-ENSAIOS-SOBRE-DESTROCOS-DO-PRESENTE

Texto da Quarta Capa
O livro reúne ensaios que, através de arquiteturas e arquitexturas (textos, imagens, filmes, esculturas e instalações), atualizam uma ampla discussão em que a melancolia de encontrar no presente os destroços do passado constitui uma das matrizes principais. Admirar as ruínas, pensá-las, e através do encanto que delas emana colocar em questão a própria condição humana e a da natureza, é perceber nelas o que vibra entre construção e desconstrução, entre a atividade de levar uma obra a cabo e a passividade de ter de lidar com a fatalidade de que ela será acabada pela própria força do tempo, das destemperanças e das intempéries. Tal é, em poucas palavras, um dos traços que se desprendem da poética do arruinamento que “Ruinologias: ensaios sobre os destroços do presente” dispõe aos leitores.

Sumário:
Siesta em Xbalba E de volta para os Estados Unidos (Fragmentos)
Allen Ginsberg (Tradução de Ibriela Bianca Berlanda Sevilla)

Apresentação

Tugurizando I: As ruinas (Fragmentos)
Conde de Volney (Tradução de Pedro Cyriaco da Silva)

1. Ubi sunt? As ruinas do Oriente Médio nas crônicas dos viajantes espanhóis do século XIX
Lily Litvak (Tradução de Diego Cervelin)

2. Do matadouro ao monumento: as mutações das ruínas da cidade de Santo Domingo
Médar Serrata  (Tradução de Diego Cervelin/Carlos Eduardo Schmidt Capela )

3. Nas ruínas de Detroit
José Antonio González Alacantud (Tradução de Diego Cervelin)

Tugurizando II: A ruína
Georg Simmel (Tradução de Antonio Carlos Santos)

4. Leonilson: lugar do corpo, do nome
Júlia Studart

5. Zweig: a ruína, o arquivo, e o fantasma
Maria Augusta Vilalba Nunes

6. A psicose do maravilhoso: da Ilha Brasil às ruínas de Francisco Brennand
Rodrigo Lopes de Barros

Tugurizando III: Uma arte de fazer ruínas
Antonio José Ponte (Tradução de Diego Cervelin)

7. Introdução à fisiognomia de ruínas
Vladisláv Tódorov  (Tradução de Adriana Varandas)

8. A fala que antecede a queda. A museificação de Havana por Antonio José Ponte
Rafaela Scardino

9. Os tugures e a memória: uma construção em ruínas
Djúlia Justen

Tugurizando IV: Uma metáfora da esperança: as ruínas
María Zambrano (Tradução de Rodrigo Lopes de Barros)

10. Ruínas do arcaico: o primitivo na poesia de João Cabral e Murilo Mendes. A poesia e a política
Susana Scramim

11. Limites do indecidível: ruínas da linguagem em Giorgio Caproni
Patrícia Peterle

12. A morte em Veneza: ruinologias de um mundo decadente
Helano Jader Ribeiro Cavalcante

Tugurizando V: Entre as ruínas
Euclides da Cunha

13. Euclides e a escritura em ruínas
Carlos Eduardo Schmidt Capela

14. Ruínas pobres, cidades mortas
Denilson Lopes

15. A modernidade de uma linguagem em ruínas: contra-arquiteturas
Ana Luiza Andrade

Tugurizando VI: Fragmentos sobre a psicologia do inseto
Jean-Henri Fabre (Tradução de Maria Luiza Belloni)

 

Documentary interplays with Brazilian poet Chacal and his Post-Hippie and Proto-Punk Aesthetics [Press Release]

Brazilian literature, Chacal, Cinema, Essay, Film, Literature, Release

The film follows the April 2014 visit of the “marginal” poet to Harvard University 

 

Chacal: Forbidden to Write Poetry (2015, directed by Rodrigo Lopes de Barros and co-produced by Guilherme Trielli Ribeiro) is an allegoric transposition of the memories and interpretations about Brazilian culture that poet Chacal presented at Harvard University, in April 2014. The film offers an overview of his poems, performances, workshops, talks and life experiences, which took place during his passage through the well-known American educational institution.    

The documentary is based on the exchange between the filmmakers and the poet. Chacal engaged in a reflection on his own artistic journey, from his debut through the mimeographed book Muito prazer, Ricardo (1971) to the present day – encompassing his iconic collection of poems Belvedere (2007) and the publication of his autobiography and cultural testimony Uma história à margem (2010). These reflections involve, therefore, nothing less than four and a half decades of poetry, whose tensions emanate from a meticulous work concerning poetic language, as well as from an attentive observation of Brazilian and Western historical experience.         

Shot partially in Super 8, the film aims at providing, through images, the high-tension of the dialogue between the camera and Chacal’s electrik lyrics and vocals – as he proclaims to be the psychedelic reincarnation of Brazilian modernist Oswald de Andrade. His groundbreaking countercultural poems, which appear to be traversed by beats and rhythms from Tropicália (by lucid emotion and acid irony), discuss anthropophagically his poetic and political challenge: “Every poet is an arms dealer.”  

 

Technical Specifications   

English Title: Chacal: Forbidden to Write Poetry
Original Title: Chacal: Proibido Fazer Poesia
Year: 2015
Director and Editor: Rodrigo Lopes de Barros
Production and Screenplay: Guilherme Trielli Ribeiro and Rodrigo Lopes de Barros
Performance: Ricardo Chacal
Original Soundtrack: João Pedro Garcia & Tustão Cunha
Cinematography: Mar Bassa and Rodrigo Lopes de Barros

Length: 25 min.

Documentário Contracena com a Poesia Pós-Hippie e Protopunk de Chacal [Press Release]

Chacal, Release

Filme segue a visita do poeta marginal à Universidade Harvard em abril de 2014

 

Chacal: Proibido Fazer Poesia (2015, direção de Rodrigo Lopes de Barros e coprodução de Guilherme Trielli Ribeiro) é uma transcriação alegórica das memórias e da interpretação da cultura brasileira que o poeta Chacal realizou na Universidade Harvard, em abril de 2014. O filme oferece uma revisão de poemas, apresentações, performances, oficinas, conversas e vivências, que tiveram lugar durante sua passagem pelo renomado estabelecimento de ensino estadunidense.

O documentário se funda no intercâmbio entre seus realizadores e o poeta que então dedicou-se à reflexão sobre seu próprio itinerário artístico, desde sua estreia no livro mimeografado Muito prazer, Ricardo (1971) aos dias de hoje – passando pela icônica reunião de sua poesia em Belvedere (2007) e pela publicação da autobiografia e testemunho cultural Uma história à margem (2010). Abrange, portanto, nada menos do que quatro décadas e meia de poesia, cujas tensões emanam tanto de um minucioso trabalho com a linguagem poética quanto de uma observação atenta da experiência histórica brasileira e Ocidental.

Realizado parcialmente em Super 8, o filme mira no intuito de conferir às imagens a alta-tensão do diálogo entre a câmera e as letras e vocais elétrikos de Chacal – que se proclama a reencarnação psicodélica de Oswald de Andrade –, cujos poemas contraculturais arrojados, crivados de beats e ritmos da Tropicália, de lúcida emoção e ironia ácida, discutem, antropofagicamente, o seu desafio estético e político: “todo poeta é um traficante de armas”.

 

Ficha Técnica  

Título: Chacal: Proibido Fazer Poesia
Ano: 2015
Direção: Rodrigo Lopes de Barros 
Produção e Roteiro: Guilherme Trielli Ribeiro e Rodrigo Lopes de Barros
Duração: 25 min.

Ricardo de Carvalho Duarte (Chacal) é poeta, escritor, performer e produtor cultural. Em mais de 40 anos de carreira, participou de oito antologias e teve 14 livros publicados, tendo sido premiado em 2008 por sua poesia reunida: Belvedere (Cosacnaify & 7 Letras). Como produtor cultural e performer, idealiza, dirige e se apresenta em diversos eventos no Brasil e no exterior. Há 25 anos é o diretor artístico do Centro de Experimentação Poética, o CEP 20.000.

Rodrigo Lopes de Barros é professor de literatura latino-americana na Universidade de Boston, EUA. Foi professor visitante de literatura brasileira em Harvard. Dirigiu o curta-metragem “O Corpo” (2012), seleção oficial no Festival de Cinema de Oaxaca e vencedor do prêmio de melhor curta-metragem estrangeiro no Festival de Cinema Underground de Las Vegas (PollyGrind).

Guilherme Trielli Ribeiro é professor de literatura brasileira e artes comparadas. Atualmente ensina Português como Língua Estrangeira na Michigan State University.